Escuro
1.20.2010 @ 15:03
O escuro é maldoso. Ele é frio, não é quente, não por um segundo sequer. É como se ele roubasse a alegria.
Ele é mau.
Demais.
E dói.
Ele não faz parte de mim.
Estou feliz.
Eu deito na cama e espero pelo sono. Ele não vem. E o escuro continua aqui. Ele não faz parte de mim.
Ainda não.
Não.
Ainda.
Ele
machuca.
Dói.
Eu não quero ficar com ele. Então eu espero o sono me levar para longe. Eu quero estar longe. Mas, às vezes, ele demora. E ficamos aqui. Eu e ele. Eu e o escuro.
Eu não tenho um amor para me aquecer. Eu sou fria, como ele. Eu sou desesperada. Eu sou ninguém.
Como um coelho em uma jaula.
Eu sou sozinha.
Sou fria.
Desesperada.
Eu não quero.
Mas sou.
Aos poucos, eu não sou mais eu.
Eu não sou amor.
Não sou felicidade.
Não alegria.
Eu sou feita por remédios. Ajudas. Eu sou só eu. Eu não quero, mas eu sou.
Eu sou
desespero.
Eu sou fria.
Eu sou vazio.
Vazia.
Vazio.
Eu sou ninguém.
Eu quero ser.
Mas não.
Eu sou
vazio.
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Ren.
Escuro
1.20.2010 @ 15:03
O escuro é maldoso. Ele é frio, não é quente, não por um segundo sequer. É como se ele roubasse a alegria.
Ele é mau.
Demais.
E dói.
Ele não faz parte de mim.
Estou feliz.
Eu deito na cama e espero pelo sono. Ele não vem. E o escuro continua aqui. Ele não faz parte de mim.
Ainda não.
Não.
Ainda.
Ele
machuca.
Dói.
Eu não quero ficar com ele. Então eu espero o sono me levar para longe. Eu quero estar longe. Mas, às vezes, ele demora. E ficamos aqui. Eu e ele. Eu e o escuro.
Eu não tenho um amor para me aquecer. Eu sou fria, como ele. Eu sou desesperada. Eu sou ninguém.
Como um coelho em uma jaula.
Eu sou sozinha.
Sou fria.
Desesperada.
Eu não quero.
Mas sou.
Aos poucos, eu não sou mais eu.
Eu não sou amor.
Não sou felicidade.
Não alegria.
Eu sou feita por remédios. Ajudas. Eu sou só eu. Eu não quero, mas eu sou.
Eu sou
desespero.
Eu sou fria.
Eu sou vazio.
Vazia.
Vazio.
Eu sou ninguém.
Eu quero ser.
Mas não.
Eu sou
vazio.
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